4 de jul. de 2011

Sonho

Nas alamedas da cidade inexistente
que só do outro lado se encontra
o ser ancestral liberto
regozija-se em mar aberto
junta-se a multidão sem conta
e nadam miríades de seres viventes


Então vagando pelos jardins suspensos
deito-me a beira da grande marquise
em um deleite absorto
indiferente ao certo e incerto
que só a brisa suave a relva alise
e ali nada mais existe de tão imenso


Eis que ela se aproxima vagarosamente
sorrindo, para se unir a gentil sinfonia
e deita-se por perto
o prazer redescoberto
de sentir a vida em sutil sintonia
eternidade apenas, momento presente.




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Um comentário:

  1. Que sonho mais lindo!
    Eu chamo isso de sonho das 6. Só me acontece algo parecido mais ou menos nesse horário. Quando eu tenho um sonho das 6 os dias que se seguem são carregados de uma alegria que não sei explicar!

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