30 de mar. de 2011

Nebula

Alto, alto, prédios rodopiam, distantes
guerreiam os pequenos e os grandes 
sede de fogo, começar de novo
das cinzas
devaneios

Avistamo-nos, a multidão delirante
a casa,a velha, mulher e a moça
qual passaro descendo vertigo
ao ninho
antigo

A moça, velha em mágoa e escárnio 
a velha sábia na decrépita juventude
na multidão me esquivo grato
na noite
sozinho

Noutro refúgio do que fui outrora, agora
o tempo opera desatino destino
água e terra entremeio indômito
da janela
me rio

Na sala, presente, estranho, alheio
no entanto tudo ali é parte de mim
sinto o mover do infinito
memória
olvido

E nada ali me pertence mais, engano
se é que já me pertenceram um dia
tudo se passa na calada ausência
sonho desperto
alívio




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