5 de jul. de 2011

Pathétique

No jardim impalpável da noite fria
Te agasalhas em pétalas transmutadas
Em visão ali tão rara rosa
A encontro entre as cenas vislumbradas
Do céu e da terra em doce epifania

Em silêncio me quedo ao teu lado
Sutil anelo em contemplar teus traços
E tão sem demora, rosa
Que me perco em tempos e espaços
Sonhos em que brinco acordado

Segue a vida a sempiterna via
A que sorri em teus olhos cândida luz
São em ti tão clara rosa
Lumes delicados que a aurora fazem jus
E até me esqueço que anoitecia

Por teus mistérios eis me aqui
A saber o que há em teus caminhos
Sinto em ti tão cara rosa
Doces perfumes, e mesmo espinhos
E ao teu néctar vôo qual colibri

Oh, tu de muitas cores vestida
Desabrochamos ambos em desatinos
Também tu fulguras rosa
No efêmero encontro de nossos destinos
Um cálido enlace d´alma despida



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2 comentários:

  1. No Sonho, mas não naquele em particular
    All dream is one, you see
    It doesn´t really matter much to me.

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